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Nota conjunta

Cremesp e Cremers repudiam a abertura de curso de Medicina exclusivo para assentados na UFPel

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) vêm a público se posicionar contra a abertura de curso de Medicina Humana na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), exclusivo para moradores de assentamentos da Reforma Agrária.

A proposta da UFPel de criação do curso, feita em conjunto com o Movimento Sem Terra (MST) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), determina processo seletivo flexibilizado e simplificado, sem a necessidade de vestibular, algo que difere expressivamente dos demais cursos de Medicina existentes no País.

Por este motivo, o Cremers protocolou, no dia 27 de junho, junto à reitoria da instituição, ofício com pedido de esclarecimentos sobre a iniciativa e garantiu que continuará lutando contra a abertura desenfreada de novos cursos de Medicina.

O Cremesp defende, acima de tudo, a boa qualidade na formação médica e, portanto, também é veementemente contrário a qualquer estratégia de criação de novas vagas sem critérios para beneficiar um segmento da sociedade em específico, como a proposta pela UFPel. Práticas incoerentes como esta resultam na formação de profissionais de diferentes níveis técnicos, muitos deles não capacitados integralmente para exercer a Medicina no País, o que coloca em cheque a saúde e segurança da população. O Cremesp combaterá, junto ao Cremers, qualquer medida futura que vá contra as leis e princípios defendidos pelos Conselhos Regionais.