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    24-06-2024

    Evento

    Cremesp promove 1º Simpósio de Iniciação Científica para incentivo à pesquisa


    Ensinar os estudantes de Medicina a desenvolver projetos de pesquisa, em nível de graduação, para publicar artigos e almejar o doutorado, foi o foco do 1º Simpósio de Iniciação Científica do Cremesp – Uma grande oportunidade para fazer pesquisa –, realizado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), no dia 22 de junho, na sede da autarquia.

    “Estamos aqui para ensinar e dar a oportunidade aos graduandos da área médica a desenvolver projetos de pesquisa na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), visando à publicação de artigos e à realização de doutorado”, afirmou o coordenador e apresentador do evento, o conselheiro Newton Kara José Júnior, professor livre-docente da Universidade de São Paulo (USP) e editor-chefe dos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, durante a abertura do evento, que contou com a presença massiva de estudantes de Medicina.

    Kara destacou a importância de gerenciar o tempo para alcançar os objetivos acadêmicos e realizar mais atividades durante a faculdade. “O ano que estamos cursando é sempre o mais difícil, e o tempo não volta. Por isso, é preciso saber gerenciar as atividades e realizar os projetos naquele momento em que surgiu a vontade, e não deixar para depois”, orientou.

    “De certa forma, estamos abrindo as portas da USP para vocês, em termos de pesquisa, que, na graduação, é a iniciação científica. Faremos de tudo para que vocês possam realizar essa interface, aliando sua vontade com nossa capacidade didática de ensino, para capacitar vocês a realizarem pesquisa”, enfatizou. 

    Ele motivou o debate com questões reflexivas sobre a realização de pesquisas, que os participantes respondiam por meio de QRcode, definindo um score para as alternativas, com posterior discussão.



    Pontos relevantes
    Durante sua apresentação, Kara ensinou como realizar um estudo científico, destacando pontos relevantes para a realização de pesquisas, entre eles, a formulação da “pergunta certa”; a definição da população do estudo e as diferentes metodologias de pesquisa; a interpretação de evidências científicas; e a análise crítica da literatura, visando identificar vieses ou erros metodológicos que podem conduzir a uma conclusão inverídica, ou seja, tendenciosa, comprometendo a validade dos resultados.

    Ele alertou sobre algumas armadilhas que as pesquisas podem apresentar. “É preciso saber distinguir um sinal — que tem mais chance de ser uma informação verdadeira — de um ruído — uma interferência baseada na intuição ou percepção. O que vale é a estatística para se chegar a uma evidência científica. É preciso analisar os dados objetivamente”, ensinou.

    Em função disso, segundo o professor, é preciso ler, saber selecionar e interpretar os artigos, para ver se os resultados são confiáveis. “Quem pesquisa aprende a escolher e selecionar os artigos que podem responder às dúvidas formuladas e, se não houver resposta, elas se tornam um assunto para fazer uma pesquisa científica”, destacou.

    Ele também orientou os estudantes a serem ambiciosos e perseverantes em seus projetos de pesquisa, visando à publicação. “Se fez iniciação científica é para publicar. Vocês serão melhores médicos se souberem pesquisar e analisar a literatura para publicar artigos. Não existe cartão de visita melhor que mostrar um artigo publicado atestando que você é especialista no assunto”, sugeriu.

    Kara também enfatizou a relevância de fazer o doutorado. “Por que não canalizar esses trabalhos e focar no doutorado? Existe, na USP, a possibilidade de iniciar o doutorado ainda na graduação”, informou, citando caso de um estudante que defendeu o trabalho logo após a conclusão da Residência. “O convite está feito a todos. Nem todos conseguem, mas a oportunidade está aberta para vocês pesquisarem, publicarem e realizarem o doutorado na FMUSP”, disse.

    Desafios aos pesquisadores
    O período da tarde do 1º Simpósio de Iniciação Científica do Cremesp – Uma grande oportunidade para fazer pesquisa – contou com a abertura de Angelo Vattimo, presidente do Cremesp, que ratificou o desejo da gestão, iniciada em 2018, de firmar papeis não apenas fiscalizadores e judicantes, essenciais para a salvaguarda ética, mas também educativos. “Com esse curso aos estudantes, a intenção é incentivar a pesquisa, como é feito por meio da Journal of Medical Resident Research (JMRR), primeira revista científica do Cremesp, voltada aos residentes e demais médicos jovens interessados”.

    outra atividade incluiu professores com ampla experiência acadêmica e, ainda, na lida com iniciação científica. Sob a moderação do conselheiro Newton Kara José Junior, os painéis Desafios para ser um médico-pesquisador; Como a pesquisa ajuda no sucesso profissional; e Casos da vida real, tiveram a apresentação do professor Rubens Belfort Mattos Júnior, livre docente de Oftalmologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp-EPM) e ex-presidente da Academia Nacional de Medicina (ANM). Para ele, a pesquisa científica é importante ao médico, pois apenas o currículo das universidades não está preparando o futuro profissional.

    “Nos Estados Unidos, por exemplo, o médico percebeu que, para sobreviver e se destacar, precisa ser PHD-MD, fazer doutorado, além de dominar técnicas administrativas, para compreender gestão. Isso para mostrar que precisamos oferecer algo a mais, ir mais longe, em nossa área”. Conforme explicou, o pesquisador não é apenas quem fica em laboratórios, debruçado em estudos experimentais, mas também os que agregam dados, promovem processos estatísticos e orientam, entre outros. E vários conhecimentos são adquiridos fora dos muros das universidades. “Procure um ambiente cultural rico e abra a mente ao que ouve. É o que molda pesquisadores”.

    Entre os desafios para pesquisa figuram encontrar financiadores, publicar os dados, atender às normas dos órgãos regulamentadores e procurar a relevância e o impacto clínico, para que a ideia seja viável. Nesse trajeto, pensamento crítico e curiosidade científica são essenciais.



    Ao participar dos painéis, o pneumologista Rogério de Souza, professor da FMUSP e editor-chefe do Jornal Brasileiro de Pneumologia, opinou que a pesquisa está cada vez mais importante na formação do médico porque, a partir de 2024, haverá o dobro de formados do que vagas em Residência. “Neste cenário, a iniciação científica é primordial para aptidão do profissional, em especial, para aqueles que não fazem Residência”.

    Já Luiz Fernando Lima Reis, diretor de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês e coordenador do Programa de Pós-graduação stricto sensu em Ciências da Saúde do Hospital Sírio-Libanês, informou que o crescimento da iniciação científica veio ao encontro do que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) passaram a valorizar, ao conceder bolsas, que é o interesse em pesquisa no decorrer da formação.

    Participaram também no debate o patologista Raymundo Soares de Azevedo Neto, professor da FMUSP e revisor de vários periódicos como Revista de Saúde Pública (USP), e da International Journal of Medical Informatics; e o ginecologista José Maria Soares Júnior, editor-chefe da revista Clinics. Todos os professores presentes aos painéis mencionaram a disponibilidade das respectivas instituições em iniciação científica, inclusive, com bolsas da Fapesp.

    Colaboração nas pesquisas
    Como exemplo de ciência, a pesquisadora Silvana Rossi, do grupo do professor Newton Kara Júnior, trouxe dados sobre estudo publicado na revista Clinics, relativo ao impacto da covid-19 na realização de cirurgia de catarata. “Nessas pesquisas, precisamos sempre de alunos com interesse em colaborar, e, em especial, com habilidade em números, para procurar em bases de dados”, ressaltou. Vale lembrar os nomes dos estudantes que cooperam costumam ser referidos nas fichas técnicas dos trabalhos científicos.

    Este foi o caminho seguido pelos acadêmicos Bianca Jimena Saldaña Lagos, 19 anos, do 3º ano da FMUSP, e Leonardo Batista Guimarães de Souza, 20 anos, do 2º ano, que buscaram um programa de mentoria e estão se dedicando a tópicos como “a qualidade dos acadêmicos que se formaram e que estão agora no mercado de trabalho”. Bianca e Leonardo participaram ainda de outro bloco, constituído por trocas de experiências com colegas também interessados em estudos científicos.

    Fez parte ainda do simpósio uma explanação voltada às funcionalidades da base de dados científica Medline Complete, disponibilizada gratuitamente pelo Cremesp aos médicos de São Paulo e também aos estudantes, por meio de universidades que fornecem o acesso ao Portal de Periódicos da Capes. “Obtendo tal acesso, quem faz iniciação científica realiza sua pesquisa em fontes seguras”, afirmou Antônio Carlos Ribeiro Butters, customer training specialist da plataforma EBSCO, responsável pela Medline.


    Veja todas as fotos do evento
     

     
    Fotos: Osmar Bustos

     


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